terça-feira, 6 de abril de 2010

Rio de Janeiro registra 102 mortos em decorrência das chuvas




Até o momento, 102 mortos foram registrados nesta terça-feira em todo o Estado do Rio de Janeiro devido aos desabamentos e deslizamentos de terra que atingiram o Estado. A tragédia ocorreu devido às fortes chuvas que castigam a cidade desde a noite de ontem.
Chuva que cai deste a noite de segunda-feira é a maior já registrada no Rio de Janeiro
Chuva que cai deste a noite de segunda-feira é a maior já registrada no Rio de Janeiro
Niterói foi o município que mais sofreu, com mais de 40 mortos. Na cidade do Rio de Janeiro foram mais de 30 vítimas fatais. Em relação aos desabrigados, a Defesa Civil acredita que cerca de 100 pessoas perderam suas casas desde o início das chuvas.

Na capital, 113 veículos foram resgatados pela Defesa Civil e deslocados do meio da rua para calçados e lugares mais altos. A maioria dos veículos encontrados foi abandonada pelos seus proprietários ou arrastada pela força das enchentes.

Estado de emergência 

Em entrevista coletiva concedida à imprensa na tarde desta terça-feira, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, manteve o apelo à população para que fiquem em casa caso tenham segurança e pediu ainda às famílias que residam próximo a encostas e barrancos busquem abrigo em locais seguros.

"Todas as vítimas fatais que tivemos até agora foram de deslizamentos. Não coloquem em risco suas vidas nem a de seus familiares. Todas as encostas da cidade estão muito encharcadas e as chances de deslizamento são enormes”, disse. “Neste momento, o objetivo da prefeitura é cuidar de vidas", completou Paes.

O Rio de Janeiro continua em estado de emergência, uma vez que até o momento a chuva não cessou e deve prosseguir até a próxima quinta-feira.

Maior volume já registrado
A chuva começou na tarde de ontem e foi a maior já registrada pelo Estado. Segundo informações da prefeitura, em menos de 24 horas foram 288 mililitros de precipitação. Outros episódios trágicos atingiram o Rio de Janeiro nos anos de 1966, 1968 e 1996. Com registro de 245, 230 e 201 mililitros respectivamente. De acordo com o prefeito Eduardo Paes, foi o maior volume de chuvas relacionadas a enchentes já registrado na cidade.

Reforço
O prefeito garantiu que a cidade tem todas as condições de realizar trabalhos de recuperação. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva; o ministro das Cidades, Marcio Fortes; o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab; e o governador de Santa Catarina, Leonel Pavan, foram algumas das autoridades que se solidarizaram. Além disso, prefeitura e governo do Estado do Rio de Janeiro estão trabalhando juntos para atender, sobretudo, as vítimas das chuvas, garantiu o prefeito.

Paes disse ainda que todos os órgãos ligados ao combate dos efeitos da chuva estão com o efetivo reforçado. A Comlurb trabalha com quatro mil homens na limpeza e liberação das vias. A Coordenadoria Geral de Conservação conta com 1.200 funcionários para limpeza de galerias pluviais. A Defesa Civil Municipal tem 60 homens no comando das ações de socorro e remoção de pessoas em áreas de risco, que conta com o apoio dos bombeiros e da Polícia Militar. A secretaria de Obras, que coordena as operações da Geo-Rio e Rio-Águas, conta com 300 homens. A Guarda Municipal atua com efetivo de 2.200 e a Cet-Rio tem 100 operadores de controle de tráfego.

Já a secretaria especial de Ordem Pública e a Guarda Municipal contam com 43 reboques para resgatar veículos abandonados nas ruas. A secretaria de Conservação está com 110 caminhões e 34 retroescavadeiras para realizar os trabalhos de drenagem nos locais mais afetados pelas enchentes na cidade.

O prefeito Eduardo Paes citou como pontos mais críticos a Serra da Grota Funda, a Avenida Niemeyer e a Estrada Grajaú-Jacarepaguá nos dois sentidos, além do Túnel Noel Rosa no sentido Vila Isabel, todos fechados ao tráfego. 

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