terça-feira, 23 de novembro de 2010

Coreia do Norte ataca a Coreia do Sul


O governo de Seul convocou uma reunião de emergência e revidou à ofensiva. A tensão é máxima na península coreana.

A Coreia do Norte disparou, nesta terça-feira (23), tiros de artilharia na direção da Coreia do Sul, provocando a resposta imediata do país vizinho. Dois soldados sul-coreanos morreram. Dois civis e mais de dez militares, também sul-coreanos, ficaram feridos. Quatro deles foram internados em estado grave. O governo de Seul convocou uma reunião de emergência do gabinete de segurança.

A Coreia do Norte disparou cerca de 200 tiros de artilharia, que atingiram uma ilha sul-coreana no Mar Amarelo, onde vivem cerca de 1.300 habitantes. Densas nuvens de fumaça podiam ser vistas no local. Os morteiros e foguetes atingiram dezenas de casas, que pegaram fogo. Testemunhas contaram que o incêndio está fora de controle. Moradores teriam fugido, buscando refúgio no continente. Outros se abrigaram em escolas. A Coreia do Sul rapidamente respondeu, disparando oitenta tiros de artilharia e ordenando a decolagem de caças de combate. Seul também ativou o alerta máximo de segurança, o que não era feito desde o cessar-fogo entre os dois países, na década de 1950. O incidente - um dos mais graves desde o fim da guerra na península - coincide com manobras rotineiras das forças armadas sul-coreanas em águas próximas à ilha atingida pelos disparos. A ilha de Yeonpyeong - na fronteira entre os dois países - é alvo frequente de conflitos entre as Coreias. Foi o cenário de três graves batalhas navais na última década, a mais recente em novembro de 2009. O incidente desta terça-feira (23) também coincide com a escalada de tensão provocada pela revelação de que o país comunista tem quase duas mil centrífugas para o enriquecimento de urânio - um processo que leva à produção de armas nucleares.


O professor de História Contemporânea da Universidade Federal Fluminense (UFF) Bernardo Kocher, fala sobre o assunto.


G1

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